Os jovens passaram a pensar em carreira, trabalho, se firmarem profissionalmente, antes de decidirem se casar. Muitos decidiram morar juntos e, depois, mais tarde, quem sabe, formalizar a união. Assim, com a possibilidade de arcarem eles próprios com as despesas do casamento, se não completa pelo menos parte dela, começaram também a mudar o conceito da festa.

É bom lembrar que quando ocorre a mudança do poder em relação a quem paga a festa, começa também a aumentar a lista de convidados, uma vez que continuam todos os convidados dos pais e, agora, entram não somente os amigos da escola e da faculdade dos noivos, mas também seus colegas de trabalho, seus amigos da Pós e do MBA, seus chefes, o pessoal da academia, do futebol da praia…

Mais velhos, sabendo melhor o que querem para este momento, e, buscando também modernizar o “ambiente”, começam a surgir com mais força o serviço a americana – em buffet – e a possibilidade de uma decoração mais descontraída, menos rígida. Desta forma cai um pouco o custo do buffet e, com os lounges, aumenta a capacidade de público para o local.

Mais gente, mais jovens, serviço e ambiente mais descontraídos. A música mecânica sobe no gosto e aparecem os DJs. Ao mesmo tempo abre-se a economia e começa a importação de espumantes. Não tão caros quanto os champagnes, mas trazendo um frescor e um requinte necessário a este momento. E o bar, antes tímido, montado com mesas e toalhas em um canto, como apoio, passa ter status e a acolher os mais diversos drinques, até a caipirinha… melhor, a caipivodka!

Surgem, então, principalmente em São Paulo e em Belo Horizonte, empresas especializadas em aluguel de mobiliário. Inicialmente tímidas, oferecendo cadeiras brancas, bares, alguns puffes. Também aparecem empresas que forneciam toalhas – coloridas , cobre-manchas estampados, listados, rendados… E a iluminação passa a ser um item que fazia o diferencial das festas mais modernas, principalmente quando havia a utilização de plantas. E surgem os telões onde se projetavam os vídeos feitos a partir de fotos ou filmes.

As mesas de doces, bem casados, brigadeiros se transformam em verdadeiros monumentos.

E, de repente, mesas de vidro, de laca, de espelho; sofás, velas, plasmas, leds, luz de pista, forração com carpetes, pistas de dança com recursos inimagináveis, fechamentos que alteram a arquitetura dos espaços, toldos para montagem de espaços que são verdadeiros palácios de cristal.

Para acompanhar toda esta mudança surge a “degustação” ou “mini-porções”, as estações de risotto, desaparece o licor e entra a comidinha da madrugada.

Consagra-se a arquitetura efêmera, a profissão de decorador de eventos, o flower desing, os shows de escolas de samba, do Cordão do Bola Preta, dos MCs, os serviços de vallet se tornam imprescindíveis assim como as havaianas, e o fotógrafo não gosta mais de foto posada, não usa mais filme, é só digital. O vídeo, agora, tem linguagem de cinema – é em full HD entregue em blu-ray .

Os noivos são os últimos a sair junto com seus amigos mais íntimos. Aproveitar a festa, toda, até o fim. Curtir cada momento, dançar, festejar.

Resumindo, a maior mudança de todas: o conceito. A comemoração do casamento deixou de ser uma recepção e se transformou numa verdadeira festa, com a cara dos noivos. Um dia para não ser mais esquecido, uma noite para ficar na história não somente do casal, mas de todos que tiveram a honra e o prazer de dividir estes momentos.

Este Texto (Parte 1 e 2) foi desenvolvido pela Cerimonialista Beth Kos. Conheça mais sobre ela no site http://www.bethkos.com.br/

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https://bethkos.com.br/2012/05/18/mudam-os-tempos-mudam-os-costumes/

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